A melhor acção estava no Fosso da Orquestra absolutamente cheio, que emoção (e a nossa Casa da Música sem um!).. Haviam apenas pasado dois minutos do início da ópera e já o maestro, David Carreras (sim, é sobrinho do outro!) já tinha mandado uma batuta para o galheiro matando de riso o violoncelista. Romeu e Julieta tem poucas cenas em conjunto e é uma acção um pouco parada padece também do mal de já sabermos a história e como tal a sequência de cenas não nos vai impressionar... E para créme de la créme era cantada em francês... Ao meu lado sentou-se um pré-adolescente que quando os ouviu entoar "Mais non" pensava que Romeu gritava "MAMÓN" ao outro... Em seguida quando entoou "La nuit", pensava que era "LUIIIIS" e outros equívocos próprios de pré-adolescente, o que me animou bastante o drama de ver dois amantes a suicidarem-se em cinco actos de quase quatro horas. Este tempo levou-me a fazer também uma viagem a casa dos meus avós e de ouvir os meus tios a cantar ópera, foi também a primeira vez que entrei neste teatro sem o núcleo das portuguesas e para ver uma produção não-flamenca... Só para manter a tradição fiz uma escobilla* no quarto de banho em vossa honra, aquele espelho é maravilhoso...
*PS: Uma escobilha é como um refrão de uma canção em flamenco que tem sempre sequências de sapateados muito difíceis...
1 comentário:
Obrigada pela escobilla! Que saudades...
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