quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Cortar o mal pela ponta
As eleições estão à porta em Espanha.... Somos bombardeados com debates sobre os mais diversos temas, um dos mais polémicos é o aborto. Para a generalidade dos portugueses a ideia que é vendida é que os espanhoís, (esses modernaços) é a de que permitem abortos mais tarde e com mais condições do que em Portugal e nascimentos também, mas isso já são outros quinhentos... Hoje num dos debates fiquei esclarecida sobre um dado muito alarmante, a maioria das mulheres que faz um aborto tem menos de 25 anos e teve de optar por este meio de acabar com a gravidez, porque em Espanha não se vendem pílulas contraceptivas sem receita nas farmácias e as pílulas do dia seguinte, aos fins de semana (dias em que alegadamente se praticam mais relações sexuais desprotegidas) têm de ser pedidas nas urgências dos hospitais e como não são casos prioritários podem ficar horas à espera! Gostava de saber qual é a adolescente que já aflita com o facto de ter relações sexuais desprotegidas e invadida pelo pânico de estar grávida se vai submeter a estar horas a fio num hospital à espera da pílula do dia seguinte ou que vai dizer ao médico de família, (sim, da família inteira!) que a quer...Espanha à excepção da Catalunha que tal como Portugal facilita estes métodos contraceptivos nas farmácias, prefere cortar o mal não pela raiz, mas pela ponta...Os interesses comerciais falam mais alto é melhor uma adolescente com vergonha a pagar por um aborto do que a receber a pílula do dia seguinte... Talvez comece a perceber porque grávida se diz embarazada em espanhol...
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1 comentário:
Princesa, para tal incoerência só pode haver um gorde interesse por trás. Por que não propões fazer um trabalho sobre o tema no teu jornal?
beijos
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