sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sorte


A sorte que temos e não sabemos, como diz uma grande amiga minha é uma coisa impressionante. Faz hoje uma semana que começou o festival de flamenco e em boa verdade tenho um ritmo de trabalho físico e intelectual absolutamente vertiginoso, talvez por isso não consiga saborear verdadeiramente o que estou a viver, porque estou numa espécie de anestesia...Tenho sono, tenho as pernas rebentadas e ontem tive uma caimbra no meio da rua que só me apetecia chorar. Há cerca de meia hora atrás tive um ataque de lucidez, estava a descer as escadas do teatro Villamarta depois de entrevistar a Mercedez Ruiz, que fez para as alunas uma Guajira com leque fabulosa, e encontrei Santiago Lara a tocar guitarra. Uns degraus depois e vi a Rocío Molina de fato treino a ensaiar com manton, sorriu-me e piscou-me o olho. Esta manhã conheci a Matilde Coral, (sim o mito!!!) fiquei fechada com ela numa sala a falar e ela chorou emocionada a falar de uma aluna sua, mostrou-me a sua cicatriz no joelho e contou-me que gostava da zambra da Marina Heredia, entre outras coisas. Vi o Manolete a dançar por farruca e falei com o Mario Maya. O Javier Latorre deu-me um abraço esta manhã e a Angelita Gomez chama-me preciosa. Não posso pedir muito mais coisas... Bem, podia aparecer o Antonio Carmona e eu atirava-me aos pés dele e cantávamos todas as canções dos Ketama...Tenho de ir, mais sorridente!

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim é sorte... e da consciente:-)
Aproveita ao máximo!